28/04/2009

"SAÚDE SEXUAL"

É provável que sua avó e sua bisavó pouco ouvissem falar de endometriose. E não apenas porque a doença não era conhecida como hoje: é que naquela época, certamente, o número de casos era infinitamente menor. A verdade é que esse distúrbio vem tomando proporções espantosas, a ponto de ser definido como o mal da mulher moderna. Não à toa: ninguém sabe exatamente as causas desse problema, mas os especialistas têm quase certeza que as mudanças no estilo de vida tenham grande parcela de culpa. Isso porque, além do fator genético por trás do distúrbio, a endometriose tem a ver com a exposição aos hormônios da menstruação. E é fato que a mulher de hoje menstrua muito mais do que antigamente: enquanto nossas avós tinham em média 40 ciclos na vida, hoje elas chegam facilmente aos 400! Explica-se: a maternidade é cada vez mais adiada e as proles numerosas são coisa do passado. Isso aumenta consideravelmente o número de ciclos da mulher. A cada gravidez, deixa-se de sangrar por longos meses, mesmo após o nascimento do bebê. Isso sem contar o bombardeio do estresse, a má alimentação e o sedentarismo um trio capaz de derrubar as defesas do organismo. Reunido, esse bando de fatores vem a calhar para os pesquisadores adeptos da hipótese imunológica para explicar o problema: segundo eles, o sistema imune da vítima não limparia as células instaladas no lugar errado, levando o endométrio a se desenvolver em outros órgãos fora do útero, como intestino e trompas. Além dos tratamentos convencionais, que incluem a cirurgia para retirar o tecido intruso, os médicos recomendam hoje adotar um estilo de vida saudável e estratégias para combater a tensão. E aqui entram desde exercícios até ioga, hobbies ou meditação. A mulher está sendo convocada a participar ativamente do seu tratamento. Sem esse envolvimento, qualquer tentativa fracassa. Quem sabe assim podemos recuperar um pouco dos bons hábitos das nossas avós, que estavam bem mais longe da endometriose do que nós, mulheres modernas.
Principais ameaças
As causas dos problemas sexuais são variadas e complexas, pois não estão relacionadas apenas ao físico, mas também ao psicológico das pessoas. Alguns deles são simples problemas físicos e facilmente revertidos. Outros, no entanto, podem ser mais sérios e relacionados a questões emocionais e doenças mais sérias. Há ainda problemas que resultam da cominação tanto de fatores emocionais quanto físicos. Qualquer um dos assuntos abordados em seguida pode contribuir para o aparecimento ou piora de problemas sexuais:Problemas de relacionamento: Divergências em relação a aspectos da relação como a distribuição de trabalho doméstico, o cuidado das crianças e assuntos financeiros podem levar a problemas sexuais Problemas emocionais: depressão, ansiedade, estresse, ressentimento e culpa podem afetar a vida sexual feminina Pouca estimulação: o pouco conhecimento tanto da mulher quando de seu parceiro sobre a importância da estimulação antes da relação sexual pode fazer com que a experiência seja bem pouco satisfatória. A pouca comunicação no relacionamento também é prejudicial, uma vez que não se sabe os desejos e anseios do outro
Pouca lubrificação: em jovens mulheres, acontece principalmente pela falta de estimulação. Nas mais velhas, o nível de estrogênio se reduz e pode levar a este problema. Desequilíbrio hormonal e alguns medicamentos podem reduzir a excitação ou então fazer com que o sexo torne-se pouco confortável. Vaginismo: é um distúrbio bastante raro que pode impedir completamente a relação sexual. São espasmos dolorosos e involuntários na região vaginal. Ela pode ser causada por uma série de fatores como feridas e cicatrizes de uma cirurgia, abuso sexual, infecções ou irritações causadas por espermicidas e camisinhas. Medo também pode levar ao vaginismo. Doenças sexualmente transmissíveis: gonorréia, herpes, condiloma, clamídia e sífilis são infecções transmitidas pelo ato sexual. Elas causam mudanças na área genital como bolhas, erupções e coceiras e fazem com que o sexo fique doloroso e desconfortável. Vaginite: inflamação e infecção do tecido vaginal. Endometriose, cisto no ovário, cicatrizes pós-operatório: tudo isso pode impedir ou tornar a relação sexual mais difícil e dolorida Doença inflamatória pélvica: é uma infecção que começa na vagina e atinge órgãos do sistema reprodutor como o útero, colo do útero e os ovários.

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