29/04/2009

"VIDA EM ALERTA Os perigos da depressão pós-parto"

Algumas mães vêem com muita felicidade a chegada de uma nova vida no lar, o início de uma nova fase e a realização de um sonho. Outras, porém, não tem tanto a comemorar, passam por constantes crises humor, choro, ficam irritadas, ansiosas e confusas. As reações emocionais não psicóticas ocorridas no período de pós-parto se resolvem espontaneamente em até seis meses, sendo que o manejo consiste em deixar a paciente verbalizar seus sentimentos, enfatizando a normalidade da sua alteração. Existem duas formas de depressão no pós-parto, uma mais leve e uma mais comum chamada pelos americanos de "Blues Postpartum". O "blues" é uma condição benigna que se inicia nos primeiros dias após o parto (dois a cinco dias), dura de alguns dias a poucas semanas, é de intensidade leve não requerendo em geral uso de medicações, pois é auto-limitada e cede espontaneamente. A depressão pós-parto é uma depressão propriamente dita; recebe essa classificação sempre que iniciada nos primeiros seis meses após parto. A incidência da depressão no pós-parto é elevada chegando a percentual de 10 a 15% nas mulheres que amamentaAs condições existenciais e vivenciais nas quais se dá a gravidez podem influenciar a ocorrência da depressão Pós-parto: mães adolescentes, gravidez não desejada, gravidez contrária à vontade do pai, situação civil irregular, gravidez repudiada por familiares, carência social e outros.
Existem também os fatores biológicos, são os resultantes da grande variação nos níveis de hormônios sexuais (estrogênio e progesterona) circulantes e de uma alteração no metabolismo das catecolaminas causando alteração no humor, podendo contribuir para a instalação do quadro depressivo. O tratamento médico da depressão pós-parto deve envolver, no mínimo, três tipos de cuidados: ginecológico, psiquiátrico e psicológico. Autores enfatizam a necessidade para o tratamento da depressão Pós-parto, não apenas objetivando a qualidade de vida da mãe mas, sobretudo, prevenindo distúrbios no desenvolvimento do bebê e preservando um bom nível de relacionamento conjugal e familiar. Psiquiatricamente, o tratamento com antidepressivos tem indicação para os casos onde a depressão está comprometendo a função e o bem estar da mãe, e sua relação com seu bebê.
É interessante que os familiares se envolvam com o bebê e a mãe durante as primeiras semanas após o parto, ataques de pânico, culpa, falta de sentimentos pelo bebê e pensamentos recorrentes sobre morte ou suicídio devem ser observados. Se isolar não adianta, a coisa mais importante a fazer é diminuir o ritmo e conceder a você mesma algum tempo para se ajustar à sua nova vida. Algumas dicas são: Peça ajuda para as tarefas diárias; Mantenha as visitas curtas com amigos e familiares se estiver se sentindo oprimida; Saia de casa sempre que tiver uma chance; Encontre-se com outras mães recentes; Encontre tempo para praticar exercícios aeróbicos moderados, como caminhar; Encontre tempo para cuidar de si mesma, pintar os cabelos, unhas, voltar a esteticista ou salão que frequenta.

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