07/05/2009

"SAÚDE SEM COLESTEROL BOM PARA O CORAÇÃO"

Adoce as refeições, mas sem ameaçar o colesterol Amarga é a rotina de quem precisa controlar, com medidas firmas, os níveis de colesterol. E a idéia não é somente força de expressão: o corte dos doces é uma das primeiras indicações médicas, ao constatar o excesso de gordura no sangue. Isso acontece porque as receitas vêm recheadas de ingredientes que fazem seus triglicérides transbordarem, como o açúcar refinado e a manteiga ou margarina. Leite integral, chantilly, chocolate e creme de leite também estão na lista ameaçadora, que colabora para o entupimento das artérias e sobrecarga do trabalho do coração."Os doces devem ser evitados por quem precisa controlar os níveis de colesterol, assim como os outros alimentos gordurosos. O cuidado passa despercebido porque muita gente só associa doce a açúcar, esquecendo a gordura presente na elaboração de mousses, pavês, tortas e croissants, por exemplo", esclarece Bruna Dinalli, nutricionista da clínica Biodiet. E nem adianta apelar para as receitas diet: normalmente, o corte do açucarou a substituição pelo adoçante implica em mais gordura na receita, para que o ponto seja alcançado.

Doce com sinal verde (e gosto bom)Mas antes que você comece a sentir calafrios pela abstinência ou corte todas as confeitarias do seu caminho, saiba que nem doces prejudicam o colesterol alto. Isso porque muitas receitas são compostas por nozes, avelãs, castanhas e amêndoas, ricas em gorduras monoinsaturadas. "Estas gorduras são consideradas "do bem", por ajudarem a aumentar o HDL, ou bom colesterol, e a e diminuir o LDL, ou mau colesterol, quando consumidas nas proporções corretas, ou seja, entre 15% e 20% das calorias totais do dia", afirma a nutricionista. As opções à base de frutas também são uma boa pedida, já que os alimentos de origem vegetal não contêm colesterol nem gordura saturada. "Os doces com frutas em calda, gelatina e geléias, além dos picolés de fruta, são os mais recomendados. No entanto, é preciso tomar cuidado com as calorias e com o açúcar, que pode contribuir para o aumento do triglicérides, como já mencionado", diz Bruna.Para quem não vive sem um docinho e também não descuida da saúde, há ainda outra dica: as versões mais leves dos produtos, como as sem açúcar e com menos gordura (sua escolha precisa atender as duas recomendações). Muitos estabelecimentos já possuem bolos, tortas e sorvetes feitos com adoçante e leite desnatado, por exemplo, que saciam a vontade e causam menos danos se forem consumidos com moderação (leia-se: uma vez por semana).

Confeitaria dá o exemploAs guloseimas que a Ofner exibe nas vitrines alimenta os sonhos e o paladar de quem adora um docinho. Tortas, mousses, bombas e mais toda a sorte de receitas, das mais tradicionais às mais sofisticadas, encantam os olhos de quem visita a loja. E o melhor: também não provocam pesadelos entre as pessoas preocupadas com o colesterol e as taxas de açúcar. A empresa é uma das poucas que recebeu o selo da ANAD (Associação Nacional de Assistência ao Diabético), por oferecer uma linha de confeitaria, sorvetes e chocolates sem adição de açúcar, própria para clientes com diabetes e que combatem a obesidade."Para as pessoas que precisam controlar o colesterol, ainda não temos uma linha tão direcionada quanto temos para a de diabetes. Mas a linha Zero Açúcar, ao substituir o açúcar por outros ingredientes (a adição de fibras, por exemplo), reduz as gorduras totais do alimento em até 40%. As calorias têm um corte de 20% a 30%", afirma o gerente industrial da Ofner, Marco Antonio Troli.

Na hora de pedirMuitas confeitarias oferecem um cardápio diferenciado para pessoas preocupadas em controlar o colesterol e a quantidade de gorduras. Mas, nem sempre, os funcionários são treinados para apresentar esta informação. Por isso, é importante fazer as perguntas certas na hora de pedir sua sobremesa, além de consultar a tabela nutricional dos alimentos, observando a quantidade de calorias e de gorduras totais em cada receita. Antes de escolher como adoçar o paladar, questione se a receita:1. É feita com leite desnatado?2. Leva açúcar ou adoçante?3. Pode dispensar o chantilly?4. Existe numa porção pequena?5. Usa farinha integral na massa?

Dieta contra o colesterol é variada e muito saboro
Mas nem que você siga à risca os horários e as doses dos remédios, sem controlar a alimentação, as taxas de colesterol jamais entram nos eixos. Mas o contrário até pode acontecer: há quem aprenda a montar pratos saudáveis e, desta forma, passe longe da farmácia. E se você acha que será preciso colar bilhetes e cartazes pela casa, separando o que pode ir para a mesa da lista vetada, relaxe os ombros. "A primeira medida é aumentar a quantidade de vegetais nas refeições e reduzir os alimentos de origem animal, onde o colesterol está presente", afirma a endocrinologista Léa Diamant, do Hospital Albert Einstein.E antes que os espertinhos pensem em encher bandeja com porções de batata frita, a médica lembra que há outros tipos de gordura, como a poliinsaturada, que podem comprometer os níveis de colesterol sanguíneo. "Em pequenas doses, a gordura dos óleos vegetais é benéfica para a saúde, reduzindo a quantidade de triglicérides do sangue. Mas, em excesso, ela derruba os níveis de HDL (o colesterol bom), favorecendo a formação de placas nas artérias".As escolhas certas, no entanto, são muito mais gostosas e fáceis do que você imagina. As nutricionistas Ana Carolina Elias de Almeida e Solange de Oliveira Saavedra, ambas do Conselho Regional de Nutricionistas (CRN) - 3ª Região, dão as dicas para quem deseja encampar uma batalha contra o colesterol alto e sair vencedor (sem, é claro, abrir mão de comer bem).


Os queijos são produtos de origem animal e, por isso, trazem colesterol para o organismo. Os especialistas mais radicais limitam o consumo em uma fatia fina de queijo amarelo por dia, mesmo em pessoas saudáveis. Mas a ricota e o cottage, com menos teor de gordura, são integrantes de livre acesso nos pratos saudáveis. E não se engane com a mussarela de búfala, que é clarinha, mas contém doses altas de gordura se for comparada ao queijo branco. Na dúvida, olhe o rótulo antes de fazer sua escolha.

Linhaça

Badalada de uns tempos para cá, a semente de linhaça existe em dois tipos: a marrom e a dourada. A linhaça marrom, nativa da região mediterrânea, já está mais adaptada ao solo do nosso país e ao clima quente e úmido. A linhaça dourada cresce em climas mais frios, sendo geralmente importada do Canadá. Por estudos que vem sendo feitos, parece não existir diferenças significativas na quantidade de nutrientes entre um tipo e outro.Proteínas, carboidratos, vitaminas, fibras e ácidos graxos poliinsaturados (principalmente Ômega 3, importante para a prevenção de doenças cardiovasculares) fazem desta semente uma delícia bastante indicada para a sua dieta.Moída ou triturada, a semente têm suas características potencializadas, já que sua casca é resistente à ação do suco gástrico e não sofre digestão no trato gastrointestinal. Iogurtes, sucos, vitaminas, saladas e sopas ficam muito mais gostosas com a crocancia dos farelos de linhaça.







Óleos vegetaisOs óleos de soja, girassol, canola, milho, algodão e arroz não possuem colesterol, já que são produtos de origem vegetal. O mesmo vale para o azeite de oliva que, junto aos óleos, forma um time de alimentos ricos em gorduras insaturadas (mono e poliinsaturadas), sendo livres de colesterol e de gordura trans. Os óleos vegetais são melhores para a cocção (aquecimento dos alimentos), pois toleram altas temperaturas e não queimam, ou seja, não saturam com facilidade. Quando isso acontece, formam-se radicais livres que aceleram o envelhecimento e as doenças degenerativas. Além disso, a gordura saturada prejudica o coração.Já o azeite de oliva, por não tolerar altas temperaturas, deve ser utilizado em temperatura ambiente, acrescido na salada ou no final da cocção de um alimento ou prato. Ele reduz o colesterol ruim (LDL) e aumenta o bom (HDL).



Nozes, castanhas, avelãs, amendoim e pistache, além de ser uma delícia, têm alto valor nutricional e concentram altas doses de gorduras insaturadas, que auxiliam no combate ao mau colesterol (LDL) e às doenças coronarianas. Só é preciso tomar cuidado com a quantidade de calorias destes petiscos: duas ou três unidades da sua favorita são suficientes. E, caso você tenha hipertensão, evite as versões salgadas.Proteína vegetal, fibras, substâncias antioxidantes (como a vitamina E) e minerais (como o zinco e o selênio) fazem parte do pacote saúde das oleaginosas.


Legumes Os legumes são alimentos de origem vegetal, portanto, não fornecem colesterol quando ingeridos na alimentação cotidiana. Devem compor o almoço e o jantar, fornecendo vitaminas, minerais e fibras (muito importantes para ajudar a manter baixo o nível de colesterol).Os alimentos de origem vegetal (verduras, legumes, frutas, leguminosas e grãos) ainda são ricos em fitosteróis, uma espécie de primo vegetal do colesterol (até a estrutura química deles é parecida). Os fitosteróis diminuem os níveis de mau colesterol no sangue e, por isso, protegem o seu coração.

OvosEle perdeu a pecha de vilão e pode ser consumido mesmo e você tem problemas com o controle do colesterol. O segredo está na moderação (principalmente da gema, que contém a gordura). A não ser que o médico recomende o contrário, substitua a carne vermelha ou frango por ovos duas vezes por semana, comendo uma unidade por vez.



Chocolate amargoO leite e a manteiga de cacau acrescentam doses de gordura saturada na guloseima que provoca arrepios de desejo, principalmente nas mulheres. Mas o chocolate amargo pode fazer parte da sua dieta, porque é rico em flavonóides (substâncias que diminuem o LDL). Diariamente, inclua 30g do doce como sobremesa. Só não vale compensar: a porção de hoje não fica acumulada para amanhã, ou seu organismo não dá conta de aproveitar os benefícios.



MargarinaComo ela tem origem vegetal, não fornece colesterol para o seu organismo e deve ser privilegiada na dieta. Mas não perca a dose: em excesso, ela aumenta o LDL e diminui o colesterol bom. Procure produtos pobres em gordura saturada, ricos em gordura insaturada e sem gorduras do tipo trans. Mas use com moderação, pois as margarinas contêm muitas calorias.

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